Já vimos anteriormente que o esterco compostado possui vantagens para as plantas, agora vamos ver pontos importantes sobre a nutrição das plantas.

Esterco curtido, seria uma alternativa?

A formação das pilhas de esterco “curtido”

Durante o manejo dos animais, é necessária a retirada do esterco dos locais de criação. Geralmente ficam amontoados e, por essa característica, o Esterco fica anaeróbico.

Esterco de galinha cru pode atrair vetores, gerar odores e extinguir a vida no solo por algumas semanas.

Microrganismos anaeróbicos são aqueles que funcionam sem ar em um ambiente de alta umidade e oxigênio reduzido.

Pilhas de esterco podem ficar amontoados por meses até seu uso.

Por ficar armazenado por um período antes de ser aplicado no campo, passa por um processo de putrefação, gerando microrganismos anaeróbicos que criam muitos patógenos tóxicos e nocivos e aldeídos.

Estes, quando são então transferidos para o ambiente do campo, reduzem o crescimento das plantas e afetam as populações biológicas.


Mas porquê mesmo assim, quando eu adiciono esterco, minhas plantas respondem positivamente?

Pois nossos solos são tão degradados, que qualquer matéria orgânica vai fazer diferença!

Esterco e odores

Patógenos anaeróbicos sempre, sem exceção, produzem elementos tóxicos – redutores de vida. Outra desvantagem importante do esterco cru são os odores criados (veja mais sobre odores aqui).

Patógenos anaeróbicos, através do processo de putrefação, não decompõem adequadamente os materiais orgânicos e volatilizam os minerais, como:

– Nitrogênio em amônia.

– Fosfato em gás fosfina.

– Carbono em metano.

– Enxofre em sulfeto de hidrogênio

Estes gases, em determinadas concentrações podem ser tóxicos, representam uma perda dramática de nutrientes ou minerais potenciais que deveriam ser retidos nas reservas do solo e não devolvidos à atmosfera.

Esterco cru contém altos níveis de sais solúveis, prejudiciais aos sistemas radiculares, à biologia do solo e que são muito lixiviáveis, podendo ser facilmente perdidos em corpos d’água.

Transloca um grande número de patógenos anaeróbicos e compostos patogênicos para o solo e é extremamente rico em sementes daninhas e bactérias, que, quando adicionadas aos solos, estimulam o crescimento de ervas daninhas.

O conteúdo de sais presentes nos estercos estimula plantas tolerantes a altos níveis de sal, a combinação dessas condições é destrutiva para as culturas que queremos cultivar.

Esterco cru, devido à sua alta demanda biológica de oxigênio, esgota as reservas de oxigênio do solo no processo de decomposição.

Em condições ideais, a decomposição da matéria orgânica deveria gerar apenas dioxido de carbono, água e calor.

Isso cria um ambiente propício para patógenos que produzem toxinas, resultando na perda de oxigênio necessário para a vida das plantas e populações microbianas benéficas.

Demanda bioquímica de oxigênio e vida no solo

A alta demanda biológica de oxigênio é muito destrutiva em solos e sistemas aquáticos. Agências governamentais agora monitoram o escoamento agrícola para materiais que afetam a demanda biológica de oxigênio em outros sistemas, o que pode ser muito custoso e sujeito a pesadas multas.

Veja mais sobre esterco cru aqui!

Por: Felipe Pedrazzi

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