Como já vimos em outros posts, apenas 3% dos resíduos no Brasil são reciclados. Mais de 50% dos brasileiros estão desassistidos por sistemas básicos de saneamento e ainda descartam seus resíduos em lixões.
Existe uma grande oportunidade que está batendo na porta do Brasil.
Nesta linha, fica claro uma grande oportunidade de negócios ambientais. Antes de pensar no descarte de resíduos, temos que pensar em reciclá-los.
A compostagem é o método mais adequado de reciclagem de resíduos orgânicos. Além disso, a compostagem devolve ao ambiente importantes nutrientes para nossos jardins e lavouras.
Um estudo conduzido nos Estados Unidos indica que a compostagem gera 2 vezes mais empregos que aterros sanitários e 4 vezes mais empregos que incineradores (ou CDR, no Brasil).
O Retorno de Investimento em usinas de compostagem é 5 vezes maior do que aterros e 17 vezes maior do que a incineração.
A cada milhão de toneladas processadas na compostagem, são 1600 empregos auxiliares para a aplicação do composto orgânico, em serviços de infra-estrutura verde ou agricultura.
Em 2011, o colégio Middlebury (em Vermont/EUA) economizou 100.000 dólares em taxas de aterro sanitário, retirando 90% dos resíduos orgânicos. Além disso, compostou 370 toneladas de resíduos alimentares.
O composto orgânico gerado, o produto da compostagem, tem valor agregado para vários negócios locais (floriculturas, garden centers, supermercados, pet-shops).
O “Institute for Local Self Reliance” publicou que para cada 10.000 toneladas de composto são gerados 18 empregos – lembre-se que não existiriam esses empregos se usássemos aterros ou incineradores.
O composto reduz os custos de cultivo nas fazendas, pois melhores condições de solo são atingidas com o uso do composto, especialmente no longo prazo.
A disponibilização dos nutrientes do composto, por ser de liberação lenta, evita a lixiviação de químicos para o solo e águas subterrâneas, proporcionando melhores condições de crescimento para as lavouras.